Grupo terá reuniões semanais; relatório final será apresentado em fevereiro.
Representantes de centrais e aposentados participaram dos debates.
Por Fernanda Calgaro
Quatro meses após anunciar a criação de um fórum de debates, o governo realizou nesta quarta-feira (2) a primeira reunião com representantes de centrais sindicais e aposentados para discutir políticas de emprego e previdência social.
O fórum foi proposto em 30 de abril pela presidente Dilma Rousseff em meio a debates no Congresso Nacional sobre medidas provisórias do pacote de ajuste fiscal que restringiram o acesso ao seguro-desemprego e a benefícios previdenciários e sobre proposta que ampliava a terceirização no país.
O fator previdenciário, cálculo usado para definir o tempo de aposentadoria, também está agenda do fórum. O Legislativo havia aprovado uma mudança no cálculo, que acabou vetada por Dilma. No lugar, ela editou uma medida provisória em que a fórmula para calcular a aposentadoria varia progressivamente, de acordo com a expectativa de vida da população.
No encontro desta quarta, foi apresentado um plano de trabalho do fórum para os próximos seis meses, que prevê a entrega dos resultados finais em 17 de fevereiro.
Também foram instalados dois grupos de trabalho, que terão reuniões semanais: um para debater emprego e renda e outro para discutir previdência. O primeiro balanço parcial do fórum deve ser divulgado em 14 de outubro.
Participaram do encontro os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Carlos Gabas (Previdência) e Nelson Barbosa (Planejamento), que fez um diagnóstico da situação econômica do país aos presentes. O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Ibiapina, representou o ministro Manoel Dias, em viagem oficial no exterior.
Segundo Rossetto, o foco da primeira reunião foi emprego e renda. Os representantes sindicais chegaram a listar alguns temas a serem aprofundados, como redução da jornada de trabalho, qualificação profissional e redução das taxas de juros.
O ministro ressaltou ainda que o grupo pretende trazer alternativas para a alta rotatividade e o grau de informalidade no mercado brasileiro.
“O não registro do trabalho é inaceitável na entrada do século 21. Vamos melhorar o sistema público de emprego, qualificando toda a estrutura de formação profissional”, afirmou.
Fonte: G1