Ministro da Defesa falou sobre as consequências da nova fase da Operação Lava Jato
Por Marcus Vinicius Pinto
O Ministro da Defesa, Jaques Wagner, comentou a prisão do tesoureiro do PT , João Vaccari Neto, em mais uma etapa da Operação Lava Jato e disse que não há aumento de qualquer tipo de pressão sobre a presidente Dilma Rousseff. “Não acho que coloque pressão na presidente. Algo que o Brasil está seguro é: se tem alguém que está distante de tudo isso é Dilma Rousseff. É a história dela. A oposição tenta, mas colocar nela a pecha da corrupção não cola”, disse em entrevista coletiva na LAAD, feira internacional de segurança que acontece no Rio.
Wagner disse que é preciso separar o partido do governo: “Como petista reafirmo que partido é algo privado. Vaccari não faz parte do governo. Não vejo porque ele tenha que sair antes de acabarem as investigações. Se o partido tiver culpa em algo, tem que rever suas ações para não errar mais”, disse, afirmando que não faz juízo de valor sobre a detenção do tesoureiro do seu partido. “Imagino que o Ministério Público e o juiz Sérgio Moro vão apresentar aos advogados os argumentos sobre a prisão”, disse, afirmando que não fala como governo.
O Ministro da Defesa voltou a defender a reforma política: “A bandeira que o congresso, a imprensa e as ruas deveriam levantar é da reforma política. A máquina de fazer política tá viciada. Vem desde a CPI dos Anões do Orçamento. Tem algo errado na forma da legislação política eleitoral brasileira. Ela está viciada. Temos que punir quem cometeu crime e fazer reforma política. Político não pode ser caso de polícia. Não é só no PT. Está errado financiamento de campanha, a coligação proporcional e comércio do tempo de TV. Zerar financiamento privado e diminuir custos de campanha. Precisamos de partidos mais fortalecidos”, disse Jaques Wagner.
Fonte: Terra