Alegando não possuir recursos financeiros para fechar as contas do país, o presidente Michel Temer admitiu adiar, de 2019 para 2020, o reajuste dos servidores públicos conforme proposta apresentada ontem (8) pelo Ministro do Planejamento, Esteves Colnago. O presidente, no entanto, rejeitou por completo a ideia de adiar o aumento aos militares.
O debate sobre adiar o aumento dos servidores acontece no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) inclui na proposta de orçamento para 2019 um aumento de 16,38%, o que elevaria o teto do funcionalismo público para cerca de R$ 40 mil e traria um impacto de R$ 3 bilhões nas contas públicas.
Segundo fontes ligadas aos principais veículos da imprensa, o Presidente vai analisar todos os pontos da proposta feita pelo planejamento. A correção dos salários dos servidores foi acertada ainda durante o governo de Dilma Rousseff e mantida por Temer, que encaminhou os projetos posteriormente aprovados pelo Congresso. O aumento foi dividido em quatro parcelas. A última delas, prevista para o próximo ano. Ano passado, o presidente já tentou adiar a parcela do acordo, mas uma liminar do ministro Levandowski impediu o adiamento.
Caso Temer aceite a proposta de adiamento dos reajustes, o projeto de Orçamento que 2019, que será encaminhado até 31 de agosto ao Congresso, não vai prever a atualização dos salários do funcionalismo.