Michel Temer desmente sua saída da articulação política

Por Luciana Lima

 

Antes de se reunir com líderes da base na Câmara, o vice-presidente fez questão de explicar que continuará comandando o diálogo com Congresso, Judiciário e Estados

O vice-presidente Michel Temer tratou de desmentir nesta terça-feira (25) a notícia de que estaria deixando a articulação política do governo. Depois de participar das comemorações do Dia do Soldado e antes de se reunir com líderes da Câmara, em seu gabinete, Temer disse que o que somente deixou de participar das decisões sobre entrega de cargos, negociações de emendas parlamentares, ou seja, o chamado varejo da articulação.

 

“Até porque, é uma parte que está praticamente já solucionada. Nesta parte eu não vou entrar mais. Alguns da secretaria continuarão trabalhando nisto, mas não eu”, disse o vice, antes de entrar na habitual reunião de terça-feira, quando se define estratégias do governo em relação a pauta da semana no Congresso.

 

Temer alegou que a articulação do governo passará por uma nova fase agora, depois de vencida a aprovação das medidas do pacote fiscal. “Eu não deixei (a articulação política). Eu deixei aquela primeira fase. Agora estou em uma segunda fase e é assim que as coisas evoluem”, ponderou.

“Passamos esta primeira fase do ajuste fiscal, o governo teve as vitórias necessárias. Agora estamos em uma segunda fase da coordenação política, fase na qual eu me encontro e que é justamente aquela que nós vamos continuar trabalhando na relação com o Congresso Nacional, na relação com o Judiciário, na relação com os Estados”, disse o vice.

“Vou me reunir com os líderes da Câmara e do Senado para trocarmos ideias sobre o Brasil”, justificou. “Na verdade, nós vamos continuar trabalhando pela boa relação econômica, social e política do nosso país. Continuo nesta articulação, formatada desta outra maneira”, disse Temer.

O vice reconheceu que parte de seu partido pressiona por sua saída, no entanto, poderou que outra parte quer que ele continue. “É claro que, no PMDB, há alguns que querem que eu deixe a articulação e outros tantos que querem que eu continue”, ponderou. “Eu tenho responsabilidade com o país e não posso deixa-la de uma vez”, disse Temer.

 

A reformulação da articulação política do governo foi assunto tratado na segunda-feira em uma reunião com a presidente Dilma, da qual também participaram os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Aviação Civil (SAC), EWliseu Padilha.

 

Na reunião, Dilma pediu que Temer permanecesse na função e se ocupasse somente dos assuntos mais importantes da articulação. Já Padilha, que auxiliou Temer justamente na função de definir as nomeações e no atendimento de emendas, decidiu deixar a função no dia 1º de setembro.

 

“Ela fez um pedido e naturalmente enalteceu gentilmente a minha colaboração nesta primeira fase, mas concordou que nos estamos naturalmente nesta segunda fase e concordou que eu deva exercitar uma outra espécie de atividade, ainda na coordenação política”, disse o vice.

 

Temner ainda rechaçou as especulações de que sua saída poderia dar impulso aos pedidos de impeachment contra a presidente. “É  falso, absolutamente falso”, respondeu.

Fonte: Último Segundo

 

 

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