Só no primeiro semestre deste ano, foram 266 expulsões, sendo 81 apenas em junho pouco menos do que as 270 do mesmo período do ano passado
O governo federal já expulsou 5.390 servidores públicos efetivos, ocupantes de cargos comissionados e aposentados desde 2003, dos quais 67% foram demitidos por atos relacionados à corrupção. Só no primeiro semestre deste ano, foram 266 expulsões, sendo 81 apenas em junho pouco menos do que as 270 do mesmo período do ano passado.
Apesar de a corrupção ser o principal problema, também há casos de abandono de cargo, ausência no trabalho, acumulação ilícita de cargos e participação em empresas. Os dados foram consolidados em relatório da Controladoria Geral da União (CGU), mas as corregedorias dos ministérios é que investigam e expulsam os funcionários.
Historicamente, o Ministério da Previdência Social é o líder nas expulsões, com 1.386 entre 2003 e 2015. Esse valor corresponde a 3,1% da média de servidores ativos da pasta. Procurado para explicar as razões dessas demissões, o ministério não respondeu.
Desde 2003, o ano que mais teve expulsões foi 2014, com 548 servidores afastados. A depender da infração cometida, o servidor expulso pode ficar até impedido de retornar ao serviço público, além de inelegível nos termos da Lei da Ficha Limpa, segundo a CGU.
O que causou as punições
66,77% Ato relacionado à corrupção
22,65% Abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos
2,82% Proceder de forma desidiosa
1,11% Participação em gerência ou administração de sociedade privada
6,64% Outros
*Considerando todas as punições de 2003 a 2015
Fonte: O Tempo