José Guimarães (PT) afirma que corte pode ser um pouco menor caso Legislativo aprove PL que reduz benefício fiscal de desoneração da folha concedido a 56 segmentos econômicos
O Palácio do Planalto vai divulgar, nesta quinta-feira (21), o valor do corte que será feito no Orçamento de 2015. E, segundo o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), ele não será pequeno. “No sentido de fazer aquilo que muitos cobravam do governo, cortar nas despesas, cortar aquilo que for possível para permitir o ajuste e o equilíbrio das contas públicas”, disse o legislador.
O bloqueio, cujo montante deve ser definido entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dependerá do andamento de votações das medidas de ajuste fiscal que tramitam no Congresso.
Guimarães afirma que os cortes são necessários devido à aprovação pela Câmara de uma alternativa ao fator previdenciário, que é inviável para o País. “Isso é um rombo do tamanho do mundo, não só da Previdência, mas do governo, nos próximos anos.”
O líder se refere à aprovação, na quarta-feira (13), da emenda à Medida Provisória 664/14, que dá alternativa ao trabalhador, na hora da aposentadoria, de aplicar a chamada regra 85/95 no lugar do fator previdenciário. A emenda foi aprovada por uma diferença pequena de votos (232 a favor e 210 contra).
Desoneração da folha de pagamento
Guimarães explica que o corte pode ser menor caso seja aprovado na Câmara o Projeto de Lei 863/15, do Poder Executivo, que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamentos concedido a 56 segmentos econômicos.
Líderes da base se reuniram na noite desta segunda-feira (18) com o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, para negociar a votação da proposta.
Segundo José Guimarães, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo aos líderes da base aliada para que a Câmara conclua a votação das propostas do ajuste fiscal até quarta-feira (20).
O líder avalia que a aprovação do ajuste vai evitar o futuro aumento de impostos.
Fonte: Último Segundo