O debate sobre assédio e violência verbal e sexual contra as mulheres tomou as redes após os últimos incidentes envolvendo a premiada jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo. Às vésperas do Carnaval, no momento em que inúmeras entidades lançam suas campanhas “Não é Não” contra todas as formas de assédio, e prestes a entrarmos no Mês da Mulher, o Sinfa-RJ não se furta ao seu papel e exige o fim das práticas de assédio e mais respeito para todas as mulheres.
Ao mesmo tempo em que vivemos o momento em que mais mulheres começam a se destacar nas mais diversas áreas, emancipadas e donas de seu próprio destino, acompanhamos com muita preocupação o aumento dos índices de assédios e violências sofrido pelo público feminino.
Quase todas as brasileiras com mais de 18 anos (97%) afirmaram que já passaram por situações de assédio sexual no transporte público, por aplicativo ou em táxis, segundo pesquisa dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva. Um número expressivo e que nos envergonha enquanto sociedade.
O constrangimento e a violência contra as mulheres e outras minorias é um probela sério de nosso país. Somos uma nação que registrou, em dados oficiais do Ministério da Saúde, o alarmante índice de que uma mulher sofre violência a cada 2 minutos. Somente no ano passado foram registrados mais de 145 mil casos de violência —física, sexual, psicológica e de outros tipos— em que as vítimas sobreviveram. Cada registro pode incluir mais de um tipo de violência.
Os números de feminicídios também são assustadores. Dados do Anuário da Segurança Pública, referentes aos anos de 2016, 2017 e 2018 revelam a soma de mais de 3 mil mulheres vítimas fatais da violência de Gênero. É preciso dar um basta!
Uma nação democrática não pode atacar suas mulheres pela maneira que se vestem ou por suas ideias. O caminho para a construção de um Brasil forte desenvolvido passa, necessariamente, pela emancipação e respeito a todas as mulheres!
Nós, do Sinfa-RJ nos somamos a essa luta e, lembramos a todos e todas que não é não! Por um carnaval sem assédio, por um país que respeite todas as mulheres não apenas no carnaval, mas todos os dias do ano!