Covid-19: Rio exige comprovante de vacinação para entrada em espaços de uso coletivo a partir da semana que vem; veja os locais

A cidade do Rio passará a exigir, a partir do dia 1° de setembro, comprovante de vacinação contra a Covid para a entrada em cinemas, academias, estádios e outros locais e estabelecimentos de uso coletivo. A nova regra foi publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial do município.

A vacinação a ser comprovada corresponderá a primeira dose, segunda dose ou dose única, variando de acordo com a idade da pessoa e a respectiva data de imunização estipulada no cronograma da cidade. Durante a coletiva para apresentar o 34º boletim epidemiológico, o prefeito Eduardo Paes destacou que a nova medida é uma “preparação” para a reabertura que vai exigir a cooperação de todos, tanto do público como dos responsáveis pelos estabelecimentos, para que haja o cumprimento.

— É óbvio que o que a gente faz aqui é uma preparação para a abertura. Essas medidas são uma preparação para a abertura. Passamos os últimos meses dizendo que as vacinas funcionam. Chegamos a uma fase em que a doença existe mas vamos conviver com ela até que ela seja erradicada. Isso é uma preparação para a abertura. Não faz sentido a gente ter um monte de medidas restritivas com um monte de gente vacinada. A gente quer permitir, em algum momento, que as casas de show retornem. E, se todo mundo estiver vacinado, a gente diminui riscos. A prefeitura não é babá, a gente não consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Não consigo botar um funcionário em toda porta de estabelecimento. Donos de casas e espaços, façam vocês mesmos a fiscalização, porque isso é uma preparação para a abertura, para a volta à normalidade — disse Paes.

O prefeito destacou que a medida é uma forma de pressionar os atrasados, que ainda não se imunizaram ou não voltaram para a segunda dose, a irem aos postos. Mesmo com o início do calendário dos adolescentes nessa semana, a prefeitura tem feito repescagens diárias. Nesta sexta-feira, além dos meninos de 17 anos, podem se vacinar com a primeira dose gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com deficiência (12 anos ou mais) e pessoas com 21 anos ou mais, preferencialmente, no período da tarde.

— Obviamente o nosso objetivo é proteger as pessoas que acreditam na ciência e se vacinaram e frequentam locais de uso coletivo. E também fazer com que as pessoas se vacinem. Não é possível que as pessoas que não se vacinaram achem que vão ter uma vida normal, não vão — disse Paes.

Veja os locais que passarão a exigir o comprovante de vacinação:

  • academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico e clubes sociais
  • vilas olímpicas, estádios e ginásios esportivos
  • cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação
  • atividades de entretenimento, exceto quando expressamente vedadas
  • locais de visitação turísticas, museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in
  • conferências, convenções e feiras comerciais

Quem perdeu a data da segunda dose não poderá entrar nesses estabelecimentos, mesmo que tenha tomado a primeira dose.

Outros locais com alto risco de contágio ficaram de fora do decreto — por exemplo, bares e restaurantes, que, segundo estudos, apresentam as maiores chances de transmissão entre os estabelecimentos ligados a atividades de lazer.

Questionado sobre a ausência dessas especificações, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que as novas regras da prefeitura serão atualizadas de maneira paulatina.

— Vamos por etapas, cada semana a gente vai colocando um novo decreto — afirmou.

O prefeito Eduardo Paes interveio, contudo, para dizer que a fiscalização em determinados locais é mais “difícil” e que “precisamos ser realistas”.

— Vamos aqui (combinar), tem lugares que são mais difíceis mesmo. É mais difícil. A gente sabe dessa dificuldade e por isso vamos ser realistas. Não adianta a gente trabalhar fora da realidade, gente — disse.

Recuo no plano de flexibilização

O plano de flexibilização gradativa das restrições de combate à Covid-19 na cidade do Rio, cuja primeira fase estava marcada para começar na próxima quinta-feira, dia 2, foi adiado por tempo indeterminado. Agora, o projeto sofrerá ajustes. A Secretaria municipal de Saúde confirmou ao EXTRA que acatará as alterações recomendadas pelo comitê científico do município. Isso significa que a etapa inicial do cronograma, originalmente planejada para quando ao menos 45% da população adulta carioca estivessem com o esquema vacinal completo, só vai acontecer quando essa proporção atingir 50%.

Desde que o plano inicial foi apresentado pela prefeitura, a cidade passou a ser o “epicentro” da variante Delta no Brasil e agora vê um aumento no número de internações e mortes por Covid-19 de idosos já imunizados. A cepa, considerada a mais transmissível do coronavírus, já é dominante no estado

— Vamos acatar o novo calendário elaborado pelo comitê. Além disso, o cenário epidemiológico ainda é muito incerto — disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Desde a divulgação do cronograma, os planos da prefeitura passaram por uma série de reveses, com direito a um pedido de desculpas público por parte do prefeito. Quando a administração municipal anunciou que o número de casos confirmados de Covid-19 voltou a aumentar na cidade, no dia 6 de agosto, Paes admitiu: “Me equivoquei na maneira como me comuniquei”.

Fonte: Extra

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