Uma mulher é agredida a cada 15 minutos no Rio de Janeiro

Apesar dos avanços, a violência contra a mulher continua com índices assustadores no Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) publicados pelo Jornal Extra, uma mulher foi agredida a cada 15 minutos, em média, no ano passado, em nosso Estado. A Lei de Acesso à Informação informa que, de janeiro a dezembro, foram registrados 39.646 casos de lesão corporal dolosa e lesão seguida de morte tendo como alvo as mulheres. Na maioria das vezes, o crime é cometido dentro de casa pelo próprio companheiro.

Os índices denunciam a grave situação que vivem as mulheres no Rio de Janeiro. Um problema que é enorme em nosso estado, mas que não é muito diferente no restante do país. Enquanto alguns setores tentam negar a gravidade dos atos de violência, uma mulher a cada 15 minutos é vítima desse mal no Rio de Janeiro.

Apesar do elevado número de notificações, a quantidade real de casos pode ser ainda maior, segundo especialista pois, mesmo com a Lei Maria da Penha, a subnotificação ainda é um desafio no combate à violência contra a mulher. A maioria das agressões (60%) acontecem dentro de casa e quase um terço das vítimas (32%) sofreram violência por parte dos seus cônjuges. Ex-cônjuges figuram no segundo lugar entre os agressores com 20% das notificações. O raio-x das vítimas ainda revela que 55% das vítimas são negras ou pardas e 20% vivem como donas de casa.

“É inadmissível, que em pleno século XXI, o Brasil ainda conviva com os alarmantes índices de violência contra a mulher revelados pelo relatório do ISP. Números que podem ser ainda maiores, visto que a subnotificação dos casos é acentuada após a redução das verbas federais para políticas de combate à violência contra as mulheres. A sociedade precisa reagir, a luta contra a violência contra a mulher é uma luta de todos e todas e não podemos aceitar passivamente números tão escandalosos como esses que nos foram revelados.” – afirma Arlene Carvalho, diretora do Sinfa-RJ.

Mesmo com a queda nos números apresentados pelo ISP, a situação é de alerta. Em 2014, foram 56.039 — 30% a mais do que no ano passado. A trajetória decrescente, que aparentemente cria a ilusão de que estamos melhorando nesse tema, pode ser um reflexo do sucateamento de políticas públicas para mulheres. Desde o Impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, foram reduzidas drasticamente as verbas destinadas, pelo governo federal, para ações destinadas ao combate à violência contra a mulher.



*Com informações e infográficos do Jornal Extra.

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