Vera Batista
Os servidores públicos decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, que reúne 80% dos funcionários do Executivo, em nota, avisou que “enviou ofício informando a decisão da maioria da categoria a todos os ministros”. Muitas carreiras já cruzaram os braços, caso dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Judiciário e de professores e técnicos administrativos das universidades.
A decisão de aprofundar os protestos foi uma consequência das últimas conversas com o Ministério do Planejamento, e da manutenção do índice de 21,3%, em quatro anos. “Haverá mobilização intensa nos estados e convocação para o ato nacional na terça-feira, em frente ao Ministério da Fazenda. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a manifestação pede mudança de rumo na política econômica.
A decisão de cruzar os braços só se reverte caso o governo apresente proposta formal para as demandas da campanha salarial 2015, com oito principais eixos. “Esperamos que o governo considere também o índice de inflação para este ano, que pode chegar a 10%. Não podemos continuar amargando perdas salariais, que no acumulado chegam a mais de 40%, assinalou Flávio Mota, do Sindicato dos Trabalhadores No Serviço Público Federal em Tocantins (Sintsep-TO).
Ontem, a Condsef recebeu a confirmação de duas novas reuniões no Planejamento, em 29 de julho, para tratar de demandas específicas de cerca de 500 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas do PGPE (Plano Geral de Cargos do Poder Executivo), do CPST (Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho, incluindo Funasa), do Pecfaz (Plano de Cargos dos Administrativos Fazendários); e da pauta específica dos servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Correio Braziliense