Ao mesmo tempo em que o Presidente Jair Bolsonaro (PSL) junto com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, entregavam ao Deputado Federal Rodrigo Maia (DEM), a proposta de Reforma da Previdência, em todo Brasil, trabalhadores e trabalhadores iam às ruas, debater com a população, o porquê o povo brasileiro precisa se levantar contra essa Reforma que, na prática, acaba com a aposentadoria.
Em São Paulo, milhares lotaram a Praça da Sé na Assembleia Geral da Classe Trabalhadora. Mais de 10 mil pessoas lotaram o centro de São Paulo para repudiar a proposta de Bolsonaro e Guedes. O Presidente da CTB Nacional, Adilson Araújo, saudou os trabalhadores na capital paulista e defendeu a Greve Geral, argumentando que “é hora de ampliar e radicalizar nossa luta”. Ao mesmo tempo, ressalvou que “não se constrói uma greve geral vitoriosa, como a que realizamos em 28 de janeiro de 2017, do dia para a noite. Temos o desafio de realizar, previamente, um cuidadoso e persistente trabalho nas bases, pois é fundamental conscientizar a classe trabalhadora sobre o que está em jogo nesta luta. Esta proposta é fruto da ganância capitalista, que quer transformar a nossa Previdência em mercadoria”. Araújo também chamou a atenção para “a centralidade da luta política contra o governo da extrema direita, cuja agenda é frontalmente contrária aos interesses do povo e da nação brasileira”.
Rurais Protestam em Casimiro de Abreu
Um dos setores mais atingidos pela nefasta proposta de Jair Bolsonaro, os trabalhadores e as trabalhadoras Rurais fizeram um vitorioso protesto na cidade de Casimiro de Abreu. Mobilizados pela CTB, pela FETAG-RJ e pela FETAGRI-RJ, os manifestantes fecharam a BR-101 na altura do quilômetro 208.
O protesto causou retenções na pista de cinco quilômetros sentido ao Rio de Janeiro e dois quilômetros sentido Macaé e teve como eixo central o não à MP 871 e não à proposta de Reforma da Previdência que, pelo texto enviado ao Congresso, prejudica o trabalhador rural lhe impondo uma contribuição impossível de ser feita pelos mesmos; coloca uma idade mínima igual para homens e mulheres e condena os rurais à condições precárias após tantos anos de trabalho.
Unidade marca ato no fim da tarde
O dia de luta seguiu intenso no fim da tarde da quarta-feira. Reunidas no Largo da Carioca, centenas de lideranças de sindicatos e movimentos sociais fizeram um ato de resistência contra a Reforma da Previdência. A atividade teve microfone aberto e panfletagem contra a proposta do governo.
Durante o ato, o grupo “Emergência Teatral” apresentou uma esquete lúdica para apresentar os absurdos da Reforma para a população. Com humor e linguagem popular, a esquete denunciou como a Reforma é nefasta para as populações mais pobres e, especialmente as mulheres.
Presente na atividade, o Presidente da CTB Rio de Janeiro, Paulo Sérgio Farias, defendeu a unidade de toda a classe trabalhadora para derrotar o projeto de Bolsonaro e Guedes:
“O dia 20 de fevereiro de 2019 marca uma data importante para a Classe Trabalhadora brasileira e significa para todos o desafio da construção da verdadeira unidade do campo popular e democrático para barrar esse ataque do governo à aposentadoria do povo, da trabalhadora e do trabalhador do campo e da cidade. O governo Bolsonaro, que já não tinha escrúpulos, tirou a máscara. O objetivo claro deste governo é entregar aos bancos a previdência e matar o povo de tanto trabalhar. A hora é a hora de buscar construir a verdadeira aliança popular, de uma grande frente contra essa violência, da construção de uma nova maioria para que a sociedade enterre essa reforma e imponha uma grande derrota ao governo.”