Greve Geral mobiliza classe trabalhadora contra Reforma da Previdência

A Greve Geral começou cedo no Rio de Janeiro. Ainda era dia 13 de Junho quando, às 23h30, os trabalhadores da REDUC de Caxias paralisaram suas atividades na troca de turno. Era o começo de uma série de paralisações que alcançaram todas as regiões do Estado do Rio de Janeiro e que culminariam no grande ato do fim da tarde, onde cerca de 100 mil pessoas fizeram uma enorme passeata da Candelária até a central.

Ainda na madrugada, o Sintect-Rio de Janeiro paralisou a unidade de Benfica, a principal dos Correios no Rio de Janeiro. Em Campos dos Goytacazes, estudantes e trabalhadores fecharam a BR-101. Ação que se repetiu também na Linha Vermelha, unindo estudantes e trabalhadores da UFRJ.

Os Bancários mais uma vez fecharam as agências do Centro do Rio de Janeiro. Em Niterói, a avenida Marquês do Paraná, uma das principais vias, foi bloqeuada na altura do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF). Nesse ato, um carro avançou e feriu três manifestantes. A Secrertária da Mulher Trabalhadora da CTB-RJ, Katia Branco, condenou o ataque:

“Hoje, em diversos pontos do nosso Estado, mulheres e homens tomaram as ruas, exercendo seu direito democrático de manifestação e greve. O atentado aos manifestantes, em Niterói, promovido por um motorista ainda não identificado é um ataque à própria democracia e não pode ficar impune.” – disse Kátia.

As categorias da Saúde fizeram atos em diversos locais como o centro do Rio, o Hospital de Bonsucesso e FIOCRUZ. Portuários e metalúrgicos participaram do bloqueio da Avenida Brasil, na descida da Ponte Rio-Niterói, em frente ao INTO. Esse vitorioso bloqueio durou até ser alvo de brutal repressão policial.

O setor produtivo, parou. Petroleiros e Eletricitários aderiram à Greve que parou Furnas, Petrobrás e Eletrobrás na Capital. Em frente à sede da Globo, Radialistas também fizeram seu ato. A EBC teve adesão de 70% de trabalhadores e também teve forte atuação na greve. Em Volta Redonda, os trabalhadores da CSN paralisaram as atividades. Também foram registrados atos em Teresópolis, Petrópolis, Angra dos Reis e São Gonçalo.

No fim do dia, a grande passeata tomou a Presidente Vargas, com mais de 100 mil pessoas:

“Podemos afirmar que no Rio de Janeiro também foi um grande dia de luta, pois em vários municípios muitos trabalhadores de diversas categorias aderiram à greve, como foi o caso dos ecetistas, estivadores, bancários, profissionais da educação. Além dessas paralisações, durante o dia ocorreram diversos atos de rua com enorme adesão de populares aos protestos. Na capital, ápice das manifestações de ontem mais de 100 mil protestaram contra a deforma da previdência e as ameaças de privatizações.” – disse Paulo Sérgio, Presidente da CTB-RJ

No final do ato, mais cenas de violência policia, duramente criticadas pelo Presidente da CTB-RJ:

“O fato lamentável a ser destacado é a ação nefasta dos grupos black blocs e a aliança tácita com as forças militares, garrafas ou a paisana, unidas para detonar bombas sobre a manifestação, desfazendo pela sabotagem a democrática manifestação popular. Mas não será essa repressão, não será a sabotagem dessas forças fascistas que vai parar a revolta popular e o avanço da luta da classe trabalhadora.”- afirmou Paulo Sérgio Farias.

As atividades da Greve Geral mobilizaram, ao todo, cerca de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras por todo o Estado do Rio de Janeiro. Nacionalmente, o balanço indica que as paralisações atingiram mais de 45 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

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