Planalto busca alternativas para reajuste

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou ontem que o reajuste entre 53% e 78% para servidores do Judiciário, aprovado no Congresso no fim do mês passado, é incompatível com a situação fiscal do país. “A presidente já se manifestou sobre isso. Da forma que está colocado, o reajuste não é compatível com a estabilidade fiscal”, disse. Segundo Barbosa, o governo já vinha trabalhando com negociações para chegar a um acordo que gerasse menor impacto ao orçamento, como reajustes plurianuais. “Estamos conversando com o Judiciário para definir cenários alternativos, 16%, 17%, 18%, 19%.

 

O Judiciário precisa construir proposta que seja compatível com o ajuste e que seja justo socialmente. Não é adequado propor 70%”, acrescentou o ministro do Planejamento. Juntamente às negociações com o Judiciário, o governo prepara uma proposta para o reajuste dos servidores do Executivo. “Estamos seguindo um cronograma para enviara o Congresso uma proposta de reajuste para o Executivo até o fim de agosto.”

 

Durante viagem à Itália, no último fim de semana, Dilma comentou a inviabilidade para a concessão desse reajuste. “Estamos avaliando, porque é impossível o Brasil sustentar um reajuste daquelas proporções”, afirmou a presidente na ocasião. Na terça-feira passada, a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tiveram um encontro num hotel fora do Brasil e fora das agendas oficiais dos três. Foi na escalado voo da presidente em Portugal.

 

ENCONTRO

 

Conforme reportagem do G1, eles falaram sobre o reajuste no salário dos servidores do judiciário aprovado pelo Congresso. Informação negada tanto pelo ministro da Justiça quanto pelo presidente do Supremo. Lewandowski teria pedido para que a presidente não vetasse o reajuste. A oposição disse que esses encontros são estranhos. E pede que Cardozo dê esclarecimentos quando for à CPI da Petrobras, falar sobre as investigações da Lava Jato.

 

A Gazeta      

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