Brasília já respira a Marcha das Margaridas. O planalto central está florido. O Mané Garrincha agora é palco para milhares de mulheres que vieram de norte a sul do Brasil e também da América Latina lutarem por seus direitos, na esperança de serem ouvidas, não somente pelo governo, como por toda a sociedade. Trabalhadoras rurais, jovens e senhoras camponesas ocupam todo o espaço de um dos maiores estádios do País, totalmente preparado e decorado pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), entidade responsável pelo evento, que trabalhou para oferecer uma estrutura totalmente compatível com a necessidade de um evento de grande porte como este. A realização só foi possível porque a Confederação teve a parceria de centrais sindicais, como CTB, CUT, além de sindicatos, federações e diversos movimentos sociais.
É bonito de se ver a presença feminina promovendo uma manifestação com essa magnitude. Cerca de 70 mil mulheres unidas em uma só voz pela igualdade de direitos, por democracia e pelo fim da violência contra a mulher.
Pela segunda vez na Marcha, a cearense Gracilene diz que cada edição a supreende. “É um evento que se fortalece e nos fortalece cada vez mais. Essa luta por igualdade é de todas. Temos Margarida Alves no sangue e no coração”, declara entusiasmada.
Promovida pela Contag desde o ano 2000 para defender as mulheres do campo, a Marcha se consolidou, ganhou visibilidade e é hoje o maior evento com a participação feminina da América Latina.
Sob o lema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, na manhã desta quarta-feira, 12, a presença feminina ocupará a Esplanada dos Ministérios em luta, principalmente, contra a violência sexista e pela construção de uma sociedade igualitária, sem preconceitos de gênero.
De Brasília, Ruth de Souza – CTB/DF
Fonte: CTB