O governo federal avançou na proposta apresentada em junho para os servidores federais, mas não impediu a aprovação da greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, dia 27. A paralisação será deflagrada pela confederação do funcionalismo (Condsef), que reúne 80% da categoria.
Na reunião de ontem, o Ministério do Planejamento manteve o índice de aumento de 21,3% em quatro anos. A Condsef e as demais entidades sindicais defendem que o governo pode reduzir o prazo para três anos. Entre os avanços em relação à proposta anterior está a adoção de uma cláusula de revisão para preservar o poder aquisitivo. “Se errarmos na previsão de inflação futura, estamos dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, esclareceu o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça.
Também foi proposto reajuste de 22,5% para o auxílio-alimentação e de 23% na contrapartida do governo para o plano de saúde. O auxílio-creche seria corrigido em 317%. O valor deste benefício está congelado desde 1995. Todos os novos valores seriam válidos a partir de janeiro de 2016.
O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, concordou que houve avanços, mas destacou que a greve só seria suspensa se o governo cedesse no prazo de pagamento do reajuste.
Fonte: O Dia