Funcionalismo federal tem hoje 4,6 milhões de consignados, alvos de desvios entre 2010 a 2015

Por Nelson Lima Neto – Jornal Extra

Após a revelação feita pela Polícia Federal (PF), na quinta-feira, durante a 18ª fase da Operação Lava Jato, a respeito de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo empréstimos consignados de servidores federais (entre 2010 e 2015), a coluna foi atrás dos dados atuais sobre os acordos feitos entre funcionários públicos e seus respectivos bancos. Segundo o Ministério do Planejamento, hoje, existem 4,6 milhões de rubricas sobre consignações registradas em folhas de pagamento, sendo que uma pessoa pode ter mais de um contrato, caso o limite de comprometimento da renda, de 35%, seja respeitado.

Só para exemplificar, o serviço federal tinha, até o fim do ano passado, 2.199.008 servidores, entre ativos, inativos e pensionistas. Pela média, um funcionário da União tem, ao menos, dois empréstimos com desconto em folha.

O Planejamento afirmou, ainda, que não há como calcular os valores descontados dos vencimentos dos servidores e repassados aos bancos. Segundo o ministério, os contratos são feitos entre as partes. A participação do governo é no gerenciamento dos contratos e no controle dos limites de endividamento.

Segundo a PF, o esquema foi montado na gestão de Paulo Bernardo, ministro do Planejamento de 2006 a 2011, e envolvia a empresa Consist (contratada para gerenciar os consignados). Cobrava-se um real de cada servidor por empréstimo, dos quais R$ 0,30 pagavam o serviço e R$ 0,70 eram para propina. Entidades que representam o funcionalismo já cogitam cobrar o valor desviado na Justiça.

Fonte: Blog do Servidor Público Federal

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on twitter
Twitter
Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on email
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.