Por Nelson Lima Neto – Jornal Extra
A situação do funcionalismo público — em especial, no âmbito federal — é de alerta. Confederações e lideranças de classes citam, pelo menos, três projetos de lei que visam, segundo essas representações, a provocar “perdas de conquistas” acumuladas pelos servidores da União. Os ataques passam pela limitação de gastos com pessoal e de contratação de novos funcionários. Até a criação de um teste de integridade é discutida por parlamentares no Congresso Nacional.
— É mais uma via que estão criando para nos atacar. Hoje, o funcionário público é visto como alvo do governo — disse Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Em função do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, algumas discussões podem ficar em segundo plano. O único que pode ter andamento e influência imediata no futuro dos servidores é o aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto deve ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, indo a plenário no dia 8.
Vale lembrar que o aumento dado à Corte terá efeito-cascata sobre os ganhos de desembargadores e juízes estatuais. O resultado será aumento da folha e problemas para que cada Judiciário estadual pague suas contas.