CPI da Violência contra Jovens Negros vai promover audiências nos estados

Por Karla Alessandra

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os casos de violência contra jovens, negros e pobres vai promover audiências públicas nos estados para levantar diagnósticos, informações, oitivas e diligencias para auxiliar os trabalhos da comissão.

Na reunião desta segunda-feira (30), as parlamentares receberam o plano de trabalho da comissão. A comissão se reúne novamente no dia 8 de abril para aprovar o plano de trabalho apresentado pela relatora, deputada Rosângela Gomes (PRB-RJ).

Rosângela Gomes afirmou que a CPI vai aos estados para poder compor um relatório mais consistente. “Eu acho importante irmos aos estados, ouvirmos a sociedade. A lei é boa, a norma é boa, quando ouvimos as pessoas. Se não produziremos um material irrelevante para a sociedade.”

A relatora sugeriu que a comissão ouça representantes do governo ligados à defesa dos direitos humanos, além de vítimas e criminosos para traçar um perfil mais preciso sobre esse tipo de violência no Brasil.

O presidente da CPI, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que, ao final dos trabalhos, a comissão deve apresentar sugestões para enfrentamento da violência no Brasil. “Nós não podemos aceitar o que está acontecendo hoje, são quase 60 mil mortes por ano, sendo 92% do sexo masculino, 77 % negros e pobres. Nós estamos vivendo um genocídio e, portanto, é importante termos ações bem específicas, bem focalizadas para combater essa violência.”

Requerimentos aprovados
A comissão também aprovou a realização de audiências públicas com a secretária nacional de Segurança do Ministério da Justiça, Regina Miki; com o presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Sergei Suarez Dillon Soares; e com o coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), Júlio Jacobo Waiselfisz.

Além disso, os parlamentares querem debater o mapa da violência contra jovens negros e pobres no Brasil.

A CPI é formada por 22 deputados, entre titulares e suplentes, e terá prazo de seis meses para concluir os trabalhos.

Fonte: Agência Senado

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