União convocou primeiro encontro do ano, que discutirá, entre outras coisas, sobre uma possível concessão de reajuste ainda neste ano
Jornal Extra
A expectativa é de que o Executivo mude o discurso de que não haverá incremento salarial em 2024. Até o momento, segundo a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, só haverá mudança de posicionamento se a arrecadação do governo for maior do que o previsto.
s conversas foram paralisadas após, na última semana de 2023, a União ter informado às categorias que não daria reajustes salariais ao funcionalismo neste ano.
O retorno das negociações só foi possível porque, na última quarta-feira (dia 31), as entidades que representam os servidores do Executivo Federal chegaram a um consenso sobre um índice de reajuste a ser sugerido na contraproposta enviada à União sobre a correção salarial a ser dada em 2024. As entidades sindicais realizaram reuniões nas últimas semanas para unificar o índice.
Da contraproposta protocolada no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), constam dois blocos de recomposição salarial:
- Reajuste de 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores federais que em 2015 firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017)
- Reajuste de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019)
A proposta ratifica ainda o pedido de equiparação de benefícios (alimentação, creche e per capita de saúde) e de maior celeridade para as mesas específicas de negociação.
Suspensa durante todo o governo de Jair Bolsonaro (PL), a MNNP foi retomada no último ano e resultou na correção de 9% para os servidores federais em 2023, além de reajuste nos benefícios ofertados, o que custou R$ 12 bilhões aos cofres públicos.