Em reunião na sede da CTB nacional, em São Paulo, nesta segunda-feira (19), o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) decidiu encaminhar todas as campanhas de empoderamento das mulheres.
“É essencial para o país ter mais mulheres no poder. Assim faremos o Brasil avançar para uma sociedade mais justa e igualitária”, diz Raimunda Gomes, a Doquinha, secretária de Comunicação da CTB.
A participação das centrais na campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres foi debatida e decidiu-se incentivar a mobilização das centrais que compõem o FNMT em todo o território nacional para divulgar essa campanha nas ruas com panfletagens e atos.
A mobilização dos 16 Dias de Ativismo acontece todos os anos em mais de 150 países desde 1991 e vai de 25 de novembro a 10 de dezembro. “Esse período é importante para mostrarmos à sociedade a necessidade de acabarmos com a violência que atinge as mulheres no Brasil”, afirma.
Por isso, “combinamos nossa principal atividade para o dia 1º de dezembro (Dia Mundial de Luta Contra a Aids), justamente porque o número de infectados pelo vírus HIV vem subindo, principalmente entre os jovens entre 15 e 25 anos. E essa é mais uma forma de violência que deve ser combatida”, diz Doquinha.
“Estaremos na Praça Patriarca, centro de São Paulo, informando às pessoas dos direitos das mulheres e de como elas podem se proteger de agressões, onde denunciar agressores e focar nas nossas lutas por igualdade”, explica.
Ela lembra também que o FNMT conta com a parceria da Prefeitura de São Paulo para a realização de um grande ato-show onde “possamos atrair mais pessoas para a causa da igualdade de gênero e para o respeito às diferenças”, reforça.
Foi ressaltado que as dificuldades ainda persistem no mercado de trabalho, onde as mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens e são as primeiras a perderem seus empregos, além de sofrerem assédio nos locais de trabalho e no transporte público.
Um dos itens da pauta foi sobre o desenvolvimento da campanha pela Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho, que trata sobre a igualdade de oportunidades e de tratamento para trabalhadores e trabalhadoras.
O outro tema debatido refere-se justamente à situação das mulheres negras. O fórum decidiu sua participação na Marcha das Mulheres Negras, no dia 18 de novembro, em Brasília.
“A questão das mulheres negras é uma pauta de luta do FNMT. Estamos inseridas no processo porque a questão das negras é uma questão da classe trabalhadora”, diz.
Ficou agendado encontro com participação do Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial, na quinta-feira (29), na sede da Nova Central, em São Paulo, ás 10h.
Esse encontro definirá a mobilização para a participação das centrais sindicais na marcha e nos seminários dos dias 16 e 17 de novembro.
As mulheres decidiram também a participação do FNMT na audiência pública, promovida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), no dia 12 de novembro, às 9h30, no Plenário 3, anexo II, da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB. Foto: Roberto Parizotti
Fonte: CTB