Em reforma, Dilma diz que fará fusão de pastas e demitirá cargos comissionados

Por Luciana Lima

Presidente disse ainda que novo imposto, o CP-PREV, já está formatado e vai ao Congresso, que poderá fazer alteração

A presidente Dilma Rousseff deverá anunciar no próximo dia 23 a reforma administrativa que terá, segundo ela, fusão de pastas e órgãos importantes do governo, além de redução de cargos comissionados. A presidente disse nesta terça-feira (14) que as reduções devem atingir até 10, dos 39 ministérios existentes.

Vou fazer junções de ministérios, vou juntar, não só ministérios, mas grandes órgãos do governo. Além disso, vou reduzir os DAS (cargos comissionados), e vamos tomar uma série de medidas administrativas para enxugar a máquina e focá-la”, disse a presidente após a cerimônia de entrega do prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.

A presidente evitou dar detalhes sobre o que o governo tem preparado e quais áreas serão atingidas. “No momento oportuno vocês vão saber”, disse aos jornalistas.

Entre as apostas de bastidores, no entanto, há a previsão de junção das pastas do Trabalho e da Previdência Social, hoje comandada pelos ministros Manoel Dias (PDT) e Carlos Eduardo Gabas (PT) respectivamente.

CP-PREV

Dilma disse ainda que o formato da nova CPMF, destinada a cobrir as contas da Previdência Social já está fechada e será enviada ao Congresso, prevendo um desconto de 0,20% sobre as transações financeiras. As modificações pedidas pelos governadores, de acordo com a presidente, terão decisão a cargo do Congresso. O novo imposto, de acordo com Dilma, se chamará CP-PREV.

A proposta do governo é a que vamos enviar ao Congresso que é 020%. É a proposta que o governo federal fez de uma contribuição provisória para a Previdência: uma CP-PREV”, disse a presidente.

A nossa proposta é carimbada, ela vai assim. Agora, como será feito no Congresso, é outro processo de discussão”, disse Dilma. “Ela é diferente porque tem como destino fundamentalmente a Previdência e é provisória porque nós sabemos que este período tem uma depressão cíclica na Previdência. Sempre é assim. A Previdência tem uma queda quando diminui a atividade econômica”.

Em jantar na segunda-feira no Palácio da Alvorada, ministros da área econômica e da articulação política, conversaram com 19 governadores aliados sobe a possibilidade dos gestores estaduais negociarem no Congresso o aumento da alíquota de 0,20% para 0,38%, para que a nova CPMF seja compartilhada com Estados e municípios. O anúncio da alíquota menor, por parte do governo, foi uma estratégia combinada admitida por líderes aliados.

Fonte: Último Segundo

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