Depois da repercussão negativa da nova proposta apresentada hoje, o governo federal deve propor um reajuste linear de 9% a partir da folha de maio, paga em junho. O novo percentual, confirmado durante a Mesa de Negociação Permanente pelo secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, será enviado às categorias na segunda-feira (dia 13), e deve ser referendado junto às bases.
Inicialmente, o governo apresentou, na última sexta-feira (dia 10), uma nova proposta de reajuste de 8,4%, duramente criticada pelas entidades sindicais presentes no encontro.
De acordo com os cálculos feitos por Guilherme Rosa, presidente da Associação dos Analistas de Comércio Exterior (AACE), pelo espaço disponível no orçamento federal, de R$ 16,37 bilhões, valor anualizado do espaço para a correção, seria possível aplicar um reajuste linear de 9,5%, pago a partir de maio, além do aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação para os servidores da ativa.
Ele estima que, se a correção do auxílio-alimentação fosse aplicada fora da margem definida no orçamento de 2023, o governo federal poderia chegar a 10,4% de reajuste linear.