Um ano após assassinato, povo homenageia Marielle Franco e cobra justiça

O povo do Rio de Janeiro mais uma vez tomou as ruas por justiça! Um ano após o brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, milhares de cariocas e fluminenses, em diversas manifestações, fizeram suas homenagens à dupla e se uniram na cobrança por justiça.  Os atos aconteceram nesta quinta-feira (14), data em que as mortes completaram um ano sem respostas.

Na última terça-feira (12) foram presos o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusados de serem o executor e o motorista que dirigiu o carro que perseguiu a parlamentar. Os mandantes do crime, no entanto, seguem sem punição e, nas ruas, o povo cobrou respostas para a pergunta: quem mandou matar Marielle e Anderson?

Por volta das 8h, um ato na Cinelândia, no Centro, espalhou flores pelas escadarias pela Câmara Municipal, onde Marielle trabalhava. Uma faixa amanheceu estendida na fachada do Palácio Pedro Ernesto. Às 9h, o local das manifestações foram as escadarias do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (Alerj) onde 365 girassóis foram espalhados pelas escadarias representando os 365 dias sem a vereadora.

Pouco depois, às 10h, uma missa em memória à Marielle e Anderson foi realizada pelo Monsenhor Manangão na Igreja da Candelária.  Na porta da Candelária, um grupo de mulheres de diversos grupos ligados à religião de origem africana fizeram uma apresentação em homenagem à Marielle e Anderson e também às vítimas do ataque ao colégio de Suzano (SP), da barragem de Brumadinho (MG), das chuvas no Rio e em São Paulo.

No fim da tarde, a Praça da Cinelândia foi tomada por um grande ato político cultural que reuniu milhares de manifestantes cobrando justiça por Marielle e Anderson. A Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Rio de Janeiro esteve presente no ato e cobrou respostas sobre o brutal crime que marcou a história, não apenas do Rio de Janeiro, mas de todo Brasil:

“Um ano sem respostas. Um ano que uma vereadora mulher, negra e LGBT foi brutalmente assassinada sem explicações. Queremos o mandante. Queremos saber os motivos. Queremos o fim dessa cultura de violência que oprime minorias e assassina lideranças democráticas e progressistas. A semente de Marielle germinou. O mundo inteiro cobra respostas e não sairemos das ruas até que esse crime brutal seja totalmente esclarecido e seus responsáveis punidos na forma da lei.” – afirmou Kátia Branco.

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