Servidores Públicos podem entrar em greve a partir de 4ª Feira

Um grupo de funcionários públicos federais ameaça entrar em greve a partir da próxima 4ª feira (23.mar.2022) para cobrar reajuste salarial do governo de Jair Bolsonaro (PL). O movimento, contudo, não terá adesão de todas as carreiras que protestaram pelo aumento no início do ano.

Trabalhadores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e da base do funcionalismo público federal vão cruzar os braços por tempo indeterminado. Por isso, notificaram o governo sobre a paralisação na 6ª feira (18.mar.2022).

A greve foi comunicada por ofícios da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Fenadsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social). Os Ministérios da Economia, Saúde, Trabalho e Previdência foram notificados, além do INSS.

“A greve decorre da não revisão geral salarial de 19,99% para os servidores públicos federais que compõem a categoria, referente às perdas inflacionárias acumuladas durante o atual governo, bem como o não pagamento dos exercícios anteriores”, afirma o ofício enviado pela Condsef e pela Fenadsef ao Ministério da Economia.

A Condsef disse que as entidades vinculadas à confederação confirmaram a greve na 6ª feira (18.mar). Funcionários públicos do INSS também preparam paralisações em alguns Estados e trabalhadores ligados à Saúde avaliam o movimento, segundo a Fenasps.

SERVIDORES DIVIDIDOS

A elite do serviço público, que convocou manifestações para cobrar reajuste salarial em janeiro, no entanto, está dividida em relação à greve. Funcionários do BC (Banco Central) fazem assembleia na 3ª feira (22.mar) para decidir sobre o movimento. O grupo, contudo, já está realizando paralisações diárias, com impacto nas atividades da autoridade monetária.

Funcionários do Tesouro e da CGU (Controladoria Geral da União) também farão assembleias nesta semana, mas só devem discutir a realização de algumas paralisações pontuais. Dizem que o movimento pode caminhar para uma greve, mas não agora.

Auditores fiscais da Receita Federal também não devem parar por completo. A ideia é continuar com o movimento de operação-padrão e entrega de cargos iniciado no fim de 2021. O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil) disse que a “mobilização pode evoluir, mas a paralisação não está pautada neste momento”.

REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA

O presidente do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), Rudinei Marques, disse que cada categoria tem seu próprio calendário de mobilização e que algumas delas têm preferido focar os esforços na reestruturação da carreira.

O foco na reestruturação é reflexo do prazo curto que o governo tem para conceder aumento salarial neste ano. A Lei das Eleições proíbe o Executivo de dar reajustes nos 6 meses que antecedem o pleito.

“Temos assembleias nesta semana para discutir as próximas ações. Mas, a partir do início de abril, teremos uma situação nova: o governo ficará impedido por lei de conceder reajuste geral neste ano, mas poderá conceder reajuste em termos de reestruturação de carreira”, afirmou Rudinei Marques.

PROTESTO

O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, por sua vez, minimizou os números de adesão à greve. “Alguns setores ainda estão discutindo o assunto, mas greve no serviço público é assim mesmo –começa com alguns setores e vai crescendo com o tempo. Essa é a nossa aposta”, afirmou.

Segundo Silva, os funcionários públicos farão mais um protesto na frente do Ministério da Economia na manhã de 4ª feira (23.mar) –o dia marcado para o início da greve. “No dia 23, vamos exigir uma resposta oficial do governo para o nosso pleito. Vamos ter o reforço de alguns congressistas para tentar furar o bloqueio do governo, que ainda não se abriu ao diálogo”, disse.

Fonte: Poder 360

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1 comentário

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  1. tudo bem vcs vem falando que vão entrar em greve em março igual do ano passado e falou que ia ser quarta então lhe pergunto qual quarta e qual mes e ano isso vcs já falando desde do ano passado, o que vi o presidente falou não adianta fazer greve que não vai adiantar muito tudo bem mas vomos deixar o governo fazer o quer com os funcionários já não chega de o PAULO GUEDES chamar todo de parasitas ele viajou para trata dos assuntos dele e o governo diz que foi tratar do assunto do Brasil ele sabe que não vai ter mais essa mamata de viajar com o nosso dinheiro então esta aproveitando agir logo, se é pra entrar em greve porque essa demora o PAULO GUEDES não quer falar com os presidente e os advogados dos sindicato sei que agora não é mais ele que trata dos assuntos dos aumentos então vomos agir ante das eleições que depois ele não da nada porque ele vai perder também não queremos o lula no poder, tudo bem quando ele foi eleito ajudou muitas gente e não tira juros altos o que estragou ele foi os ministro e deputado que acabaram com tudo ele aproveitou meteu a mão até o filho dele ele agora é uns quase dono da OI tem casa na ilha grande em ANGRA DOS REIS