É comum que muitas pessoas olhem para o 8 de Março apenas como uma data de homenagens às mulheres. Comum, porém equivocado. Diferente de outras datas comemorativas, o 8 de Março não é uma data comercial, é uma data com raízes históricas profundas que precisam ser respeitadas. É um dia de luta por emancipação, por direitos e, acima de tudo, pela vida das mulheres.
A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, com o nome de Dia Internacional da Mulher, mas é comemorada desde o início do século 20. Nessa data, mulheres, de todas as raças, credos e sexualidades tomam as ruas para reivindicar igualdade de gênero.
A origem da data tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial. No entanto, há registros anteriores a esse episódio que trazem referências à reivindicação de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas causas dentro do movimento de trabalhadores.
Hoje, no Rio de Janeiro, as mulheres irão se concentrar a partir das 16 horas na Igreja da Candelária para marchar em defesa dos seus direitos. Na pauta, o fim da violência contra a mulher, a luta contra a Reforma da Previdência e a exigência de justiça para Marielle Franco. Será mais um capítulo de nossa história onde as mulheres irão às ruas tomar o protagonismo nas lutas populares do povo brasileiro.