Compras online: como lidar com aborrecimentos com o e-commerce durante a pandemia?

A Pandemia mudou os hábitos de milhões de brasileiros de todas as idades. E, para a população mais idosa, ou mais desacostumada a lidar com as novas tecnologias, essas mudanças trouxeram uma série de novos desafios – e também novos aborrecimentos. O comércio online, durante a pandemia, teve um crescimento global de 70%, movimentando mais de R$ 136 bilhões de reais ao redor de todo o mundo. Mas isso não foi a única marca do chamado e-commerce durante a pandemia.

Diante da enxurrada de novos clientes, empresas que aumentaram suas vendas pela internet (supermercados, lojas de departamento, dentre outras) demonstraram muito despreparo, principalmente, para lidar com o público que tem menos prática nas compras online. Sites confusos, sistemas de atendimentos falhos, e equipes virtuais despreparadas para lidar e atender o consumidor foram marcas desse processo que elevou em 600% as reclamações sobre o setor do e-commerce, segundo o Procon.

Os desrespeitos são muitos: promoções que não se concretizam, demoras na entrega, preços diferentes na hora da finalização da compra, duplicidade de débitos nos cartões de crédito e até mesmo os famosos golpes, com sites clonados. Se, por um lado, o isolamento social foi noticiado à exaustão para compreensão da população na pandemia, não podemos dizer o mesmo sobre as medidas de segurança para o e-commerce, que deixou principalmente os idosos largados à incerteza de uma modalidade que foram forçados a aderir nesses tempos difíceis que vivemos.

A troca de layout e sistema das páginas em meio à pandemia, feita por diversas redes sem aviso prévio, obrigando os clientes a fazerem novos cadastros por vezes, foi uma dificuldade a mais e mostrou como o setor não estava preparado para lidar com seus novos clientes.

Preocupados com essa situação, o Sinfa-RJ orienta a todos seus associados e associadas que não deixem de procurar o Sindicato em caso de problemas com o e-commerce. Nosso corpo jurídico que presta serviços ao Sindicato conta com especialistas em Direito do Consumidor, sempre prontos para tirar dúvidas e buscar o melhor caminho para que o associado e a associada Sinfa-RJ possam ter seus direitos respeitados.

Dicas para Segurança em Compras Online

O Sinfa-RJ preparou, também, uma lista de medidas de segurança que podem ajudar os associados e associadas a se sentirem mais seguros no e-commerce. Segue, abaixo a lista de medidas de segurança para uma vida econômica virtual mais segura:

• Conheça com quem está negociando. Faça uma busca nas redes e nos sites de compras de comentários sobre o produto e sobre a empresa;
• Pesquise o preço nas diferentes lojas nos buscadores e nos sites;
• Evite entrar nas lojas através de propagandas por e-mail ou links indiretos. Ficou animado com a promoção, digite o nome da loja no navegador e procure o produto para conferir se realmente existe aquela oferta;
• Evite comprar de computadores ou dispositivos compartilhados com estranhos (ex: Lan House, Computador coletivo da empresa ou escola);
• Ao entrar no site da loja, confira se a página é criptografada – identificada pela presença do ‘S’ no ‘HTTP’, o https://.- Se estiver usando sua rede Wi-Fi, confira se é criptografada com WPA2. Evite comprar ou acessar o banco por redes públicas e abertas de Wi-Fi, pode ser muito fácil roubar seus dados;
• Pode ser chato e cansativo, mas sempre leia as condições e termos de uso do site da loja, pode haver pegadinhas e uso indevido de seus dados bancários;
• Nos cadastros, compartilhe o mínimo necessário seus dados. Revele apenas os campos obrigatórios e use senhas seguras (link interno);
• Para aumentar sua segurança no pagamento, use mecanismos de pagamento digital como BitCoin, Pay Pal ou PagSeguro, cadastrando seu cartão de crédito ou pode optar por cartões de crédito pré-pagos que podem ser comprados em supermercados, bancas e livrarias;
• Se não quer expor seus dados de cartão de crédito, opte pelos boletos que podem ser uma boa forma de pagamento;
• Salve sempre os comprovantes da compra com o Protocolo da transação e detalhamento do preço e produto;
• Fique atendo ao preço do frete e com os juros nas opções de parcelamento;
• Para acessar as contas de bancos, use o endereço específico para instituições cadastradas no Banco Central: www.nomedobanco.b.br  Apenas Bancos oficiais podem usar este endereço e isso evita falsos sites de Bancos;
• Fique atento com falsos sites de bancos que clonam as páginas oficiais com pequenas mudanças no endereço, incluindo ou retirando uma letra do endereço e usando apenas “.com.br” no final;
• Nunca clique em anexos ou links de mensagens de Bancos que chegam por e-mail. Assim como nas compras, acesse seu banco diretamente e não por mensagens de e-mail;
• Nos sites dos Bancos também é possível usar a autenticação de dois níveis, usando um código enviado pelo celular em complemento a sua senha;
• Evite deixar seus dados bancários salvos nos navegadores ou no próprio site de compra;
• Como em qualquer outra transação fora da Internet, os Direitos dos Consumidores valem plenamente na rede sempre que se tratar de empresa com escritório no Brasil;
• Para comprar em sites internacionais, confira antes a reputação deles e a experiência de outros brasileiros nas compras. Como notícia ruim se espalha bem rápido, certamente vai encontrar algum comentário. Fique atendo com as regras da alfândega que podem confiscar ou taxar produtos importados sem a devida fiscalização.

Como reclamar de um problema com e-commerce?

Mesmo com todos os meios de segurança, nunca é garantido que problemas não possam vir a acontecer.

O Sinfa-RJ listou, abaixo, os três principais mecanismos de reclamação virtual, para que você possa protestar contra o mau atendimento prestado por um serviço de e-commerce, ou até mesmo um serviço presencial.

Eis os canais:

Reclame Aqui – Um dos maiores portais de reclamações do Brasil, entra me contato direto com a empresa reclamada e tem um histórico alto de resolução de problemas. O Site é confiável e tem uma política reconhecida de segurança dos dados dos que o usam: https://www.reclameaqui.com.br/

Defesa do Consumidor do Jornal O Globo – Serviço disponibilizado pela empresa jornalística que usa sua coluna de defesa do Consumidor para abordar empresas que causam prejuízo ao cliente. A resposta às queixas costumam ser rápidas e eficazes: https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/reclamacao/

PROCON-RJ – Por fim, o portal governamental de reclamações, onde são colhidas queixas das mais diversas e por onde a reclamação pode ser feita e forma totalmente virtual. Sua taxa de resposta, no entanto, não é tão acelerada e eficaz quanto os outros: http://www.procononline.rj.gov.br/

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