8 de Março: Menos Flores, Mais Direitos

O 8 de março não é somente uma data comemorativa, é também um dia de luta! Iniciamos as homenagens das mulheres com esse lembrete pois essa data tão importante deve sempre ser lembrada pela sua essência: a essência da luta das mulheres por inclusão, direitos e pela soberania sobre si e seus corpos.

Oficializado pela ONU somente em 1975, o Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o começo do século e remota à uma onda de protestos do movimento feminista do começo do século XX. A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

De lá pra cá muitas lutas foram marcantes para a consolidação dos direitos hoje conquistados pelas mulheres. Aqui no Brasil, podemos destacar a conquista do voto feminino (1932), a lei do divórcio (1977), a criação da delegacia da mulher (1985), a igualdade constitucional (1988), a lei Maria da Penha (2006) e a lei do Feminicídio (2015) são exemplos de conquistas do movimento feminista na luta pelos direitos e pela emancipação da mulher.

No entanto, mesmo com essas conquistas, ainda existem muitas lutas para serem travadas: mulheres ainda recebem menores salários por desempenhar a mesma função que homens. Fato agravado ainda mais quando se fala das mulheres negras. Os índices de violência contra a mulher no Brasil continuam absurdos e durante a pandemia, a dupla jornada que as mulheres já faziam em seu dia a dia foi piorada.

E por falar em Pandemia, as mulheres foram ampla maioria na linha de frente do combate ao Covid-19, estando assim mais expostas ainda ao vírus. Um estudo realizado entre maio e junho de 2020 com homens e mulheres de várias regiões do País (26 Estados brasileiros e do Distrito Federal) mostrou que um número grande de pessoas apresentou, durante a pandemia, sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Houve também maior consumo de drogas ilícitas, de cigarros, de medicamentos e de alimentos.

As mais afetadas emocionalmente foram as mulheres, respondendo por 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse. O relatório do trabalho “Mulheres na Pandemia” apresenta que 50% das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém durante a mesma. O mesmo relatório indica que 41% das mulheres tiveram aumento de trabalho na pandemia, ao passo que outros 40% viram a situação financeira em risco.

É por isso que não podemos deixar de falar nesse Dia Internacional da Mulher de duas campanhas às quais o Sinfa-RJ aderiu e que, sendo vitoriosas, irão ter impacto direto na vida das mulheres de nossos país: a campanha pela vacinação de todos (Vacina Já!) e a campanha em defesa de um Auxílio Emergencial digno.

Nosso Sindicato compreende que defender os direitos da mulher é defender a ampliação da nossa democracia e a plenitude de direitos que vigora no espírito da Constituição Cidadã de 1988. Se todos são iguais independente de gênero, as distorções sociais entre homens e mulheres precisam ser combatidas diariamente. E o Sinfa-RJ faz parte dessa luta!

Viva o Dia Internacional da Mulher!

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on twitter
Twitter
Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on email
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.