Governo recua, retira reforma da Previdência da pauta este ano e mostra que luta unificada da classe trabalhadora deve se intensificar

Só unidade vai garantir que retrocessos deixem de ameaçar direitos conquistados a duras penas

A notícia de que o governo recuou e desistiu de votar a reforma da Previdência este ano é prova de que a unidade da classe trabalhadora e a pressão exercida para assegurar o direito dos brasileiros de se aposentarem surtiu efeito. Não restam dúvidas de que pela unidade vamos conseguir garantir que retrocessos deixem de ameaçar direitos trabalhistas tão duramente conquistados. Nossa luta está só no começo. Além de não ter afastado o risco de aprovação dessa reforma nefasta que acaba com a Previdência Pública, os trabalhadores precisam garantir que pautas como a reforma Trabalhista e a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos, sejam revogadas. Não tem arrego. Demos também o pontapé inicial a uma grande campanha em defesa dos servidores e serviços públicos protocolada ontem, 19, no Ministério do Planejamento.

A segunda, 19, foi mais um dia histórico, marcado por atos de resistência e paralisações numa Greve Geral contra a reforma da Previdência que mobilizou trabalhadores em todo o Brasil. No Planejamento, servidores unidos nos principais fóruns que representam a categoria (Fonasefe e Fonacate), entregaram documento com reivindicações que vão permear a luta da categoria ao longo deste ano. Entre os eixos está uma campanha contra o desmonte dos órgãos públicos e a luta pelo direito à negociação coletiva no setor público. A revogação da famigerada EC 95/16 também está no centro do debate. A revogação da reforma Trabalhista e a continuidade da luta contra a reforma da Previdência também mobilizam servidores federais em todo o Brasil.

No ofício protocolado ao Planejamento (VEJA AQUI), os servidores cobram ainda o cumprimento de acordos firmados em processos de negociação de anos anteriores e ainda não cumpridos, pleiteiam correção salarial com aplicação de índice de 25,63% calculados pelo Dieese como perdas sofridas pela categoria. A extensão dos índices da Lei 13.464/17 para todos os servidores federais é outro destaque da pauta de reivindicações dessa campanha. A aplicação do mínimo de 50% per capita da União para manutenção de planos de saúde dos servidores e seus dependentes também não ficou de fora das pautas, bem como cobrança de isonomia nos benefícios, como auxílio alimentação, entre os poderes.

O objetivo é seguir garantindo o reforço da unidade em torno da pauta específica dos federais e das pautas que unificam toda classe trabalhadora. “A luta de um é a luta de todos”, resume Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Nós e nossas filiadas seguiremos nessa trincheira lutando por nossos direitos e avanços necessários para que o Brasil se veja livre da crise profunda em que foi mergulhado”, defende.

Fonte: Condsef

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