Reação de servidores ao governo começa nessa sexta no Congresso Nacional

Servidores federais estão se mobilizando para reagir ao anúncio do novo pacote de cortes do governo que atingiu em cheio a categoria. Além de romper com a sinalização de um reajuste de 10,8% em dois anos (2016-2017) – que estava previsto para ter início em 1º de janeiro do próximo ano e foi empurrado para agosto – o governo também quer atingir mais de 100 mil servidores que poderiam se aposentar e recebem abono de permanência para continuar trabalhando. Somadas à suspensão de concursos públicos, necessários para reposição da mão de obra no setor público, as medidas podem gerar um colapso no atendimento já insuficiente que é destinado à população que depende dos serviços públicos e paga em dia seus impostos, cada vez mais altos.

Ontem, representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) se reuniram em Brasília e aprovaram um calendário de atividades que inclui um dia nacional de paralisação no setor público na próxima quarta, 23, com uma grande atividade na capital federal. A Condsef também participa de um ato nessa sexta, 18, na Avenida Paulista em São Paulo contra o ajuste fiscal e repudiando o pacote de cortes que só penaliza a classe trabalhadora. As entidades também vão ao Congresso Nacional onde devem promover um trabalho intenso de convencimento junto a parlamentares de que essas medidas que voltam a penalizar os trabalhadores não são a solução para a crise brasileira. A intenção é reunir também outros representantes dos movimentos sociais prejudicados pelas políticas de ajuste fiscal e pressionar o governo a adotar outras medidas capazes também de conter o momento de crise sem penalizar exclusivamente a maioria da população.

Matéria da Carta Maior traz uma dessas soluções, apontada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Se taxasse em 15%, via imposto de renda, os lucros e dividendos recebidos por acionistas de empresas, o governo teria um aporte de R$43 bilhões / ano em seu orçamento. Leia aqui a íntegra da matéria. Há ainda a opção de encaminhar proposta para taxação das grandes fortunas, rastrear e penalizar grandes sonegadores, promover a necessária e urgente auditoria de nossa dívida pública, entre outras tantas possibilidades.

Repassando, mais uma vez, a conta de uma crise para a classe trabalhadora, o governo não só amplia um cenário de insatisfação já intenso como pode terminar adiando o fim das intempéries. Impor aumento de impostos, arrocho salarial e outras mazelas direcionadas aos trabalhadores e continuar garantido altos lucros a muito poucos nunca será boa receita para consolidar um país desenvolvido, economicamente forte e justo.

Fonte: CONDSEF

 

 

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