
O presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas estava em busca de uma “bala de prata” para tentar reverter o resultado obtido por Lula no primeiro turno das eleições. Ele não conseguiu um fato novo “do bem” porque foi atropelado pelo combo explosivo: Paulo Guedes e o salário mínimo e as granadas e 50 tiros de Roberto Jefferson.
A expectativa de passar Lula na reta final da campanha, como projetado pelo comitê, distante das pesquisas, Bolsonaro passou a investigar um genérico do questionamento das urnas e das pesquisas para tumultuar o processo do segundo turno das eleições.
Bolsonaro convocou na noite desta quarta-feira, 26, uma coletiva e apareceu ao lado do ministro da Justiça, Anderson Torres. A entrevista foi uma reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do TSE, de não conceder o pedido da campanha para investigar a alegação de irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios.
Anderson Torres, ministro da Justiça, não se pronunciou e apenas saiu na foto. Torres é visto como cota pessoal do presidente Bolsonaro. Os demais políticos e ministros chamados optaram por não comparecer à entrevista, para não arriscar sair na foto às vésperas da eleição com um presidente em vídeo e som patrocinando um golpe.
Possível terceiro turno
Se for derrotado, Bolsonaro antecipa o terceiro turno da eleição. Os ministros do STF receberam informações da campanha jurídica do atual presidente, se ele perder a eleição domingo, vai tentar contestar o resultado.
O direito de questionar no TSE, assim como fez Aécio em 2014 e perdeu, o Bolsonaro tenta um plano B, caso perca a eleição, um terceiro turno.