Relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), quer apresentar texto final da proposta ainda esta semana
Jornal Extra
O texto da Reforma Administrativa deve ser apresentado nos próximos dias. A expectativa é que aconteça em setembro a votação da proposta de alteração das regras da gestão pública e estabelecimento de critérios mais rígidos para as carreiras do funcionalismo. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) adiantou, nesta segunda-feira (dia 18), os principais pontos da reforma.
Um deles é o fim das férias de 60 dias, unificando a regra para 30 dias anuais de descanso para todos os servidores. A proposta também endurece o controle sobre as verbas indenizatórias, reduzindo os chamados penduricalhos que elevam os salários acima do teto constitucional.
Outro eixo central é a progressão baseada em desempenho, com avaliações periódicas como requisito para promoções. O projeto prevê ainda um 14º salário condicionado ao cumprimento de metas, além da implementação de bônus por resultados, alinhando remuneração e meritocracia.
A reforma estabelece limites para a ocupação de cargos e a forma de contratação. Contratos temporários terão duração máxima de cinco anos e estarão sujeitos a uma quarentena de 12 meses antes de eventual recontratação. O trabalho remoto ficará restrito a um dia por semana, reforçando a presença física nas repartições.
No âmbito federativo, o projeto define um teto para o número de secretarias em municípios que dependam de mais de 50% de repasses federais, medida inspirada na regra que já estabelece a quantidade de vereadores conforme a população.
Também será fixado um limite salarial de 20% da remuneração dos governadores para secretários municipais, reduzindo disparidades em cidades menores.
Além disso, o texto prevê a criação de uma identidade única para servidores, a obrigatoriedade de atos digitais rastreáveis e o fortalecimento do Concurso Nacional Unificado, que passará a incluir vagas em estados e municípios.
Pedro Paulo já começou a apresentar a proposta às principais bancadas, incluindo União Brasil e PSD. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou apoio e pretende levar o texto ao plenário no início de setembro.