O dia vinte de novembro é uma data cheia de simbolismo. Neste dia, no ano de 1695, morria Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares. Símbolo da resistência negra, Zumbi se tornou uma referência na luta do povo negro do Brasil.
Hoje, mais de trezentos anos após o assassinato de Zumbi, e depois de mais de 120 anos da abolição da escravidão em nosso país, o povo negro ainda sofre diariamente as consequências de séculos de apartheid e violência.
Os negros representam 45% da população brasileira, mas sua representatividade em diversos setores da sociedade ainda é extremamente limitada pelo racismo evidente no Brasil. Segundo levantamento do SEBRAE, os afro-brasileiros têm, em média 6,2 anos de estudo enquanto os brancos somam 8,2 anos de educação formal. Em 2013, uma pesquisa de emprego realizada pelo IBGE constatou que, em média, os negros ganham 57,4% a menos que os brancos nos mesmos postos de trabalho.
Marcha das Mulheres Negras: caminhadas contra o racismo em todo o país
Neste ano um grande movimento foi articulado para funcionar como um grito contra todo este cenário de racismo e desigualdade étnica. A Marcha das Mulheres Negras levou milhares de pessoas à Brasília para dar um basta ao preconceito, e trazer os holofotes para questões importantes como a violência contra a mulher negra e discriminação no ambiente de trabalho.
A necessidade de ampliação das políticas públicas de promoção da igualdade é um passo decisivo para mudar este cenário. Neste contexto, as políticas públicas de promoção de igualdade devem ser aplicadas também no serviço público, para que negros possam ocupar cada vez mais cargos públicos e ter acesso aos serviços. A luta pela conscientização e erradicação da desigualdade étnica deve ser diária. A construção de uma consciência negra é um ato diário e constante.
Aos servidores e servidoras civis, negros e negras, do Ministério da Defesa nossa homenagem e respeito!
A diretoria
