Histórico

No ano de 1989 se constituía uma entidade representatividade em defesa dos direitos trabalhistas dos civis lotados nas Forças Armadas, o Sinfa-RJ, hoje designado Sindicato dos Servidores Civis do Ministério da Defesa.

Apesar de ser fundado em 18 de setembro de 1989, quase um ano após a promulgação da Constituição que garantia a livre associação sindical, o Sinfa-RJ nasceu em um cenário de perseguições, injustiças e assédio moral, nos quartéis. Os resquícios da ditadura militar ditavam a relação de trabalho. A greve dos civis da Marinha de 1985 foi o movimento de repercussão nacional que marcou o início da trajetória de todos os servidores. Mas além destes, outros corajosos servidores da Aeronáutica e do Exército também compunham o grupo de trabalhadores que fundaram o Sinfa-RJ.

No governo do então presidente Fernando Collor, os trabalhadores amargavam uma crise econômica combinada à política recessiva, com alta taxa inflacionária, e desigualdade social. Esta realidade deu início a uma série de atividades sindicais. Foram realizados acampamentos na Praça da Candelária, vigílias e passeatas que percorriam a avenida Rio Branco até a Cinelândia.

Em conjunto com outros servidores, os civis também participaram da greve nacional do serviço público que durou 49 dias. Uma atividade que já era resultado da parceria entre Sinfa-RJ e Condsef – Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal. Mas as mobilizações não pararam na greve, pelo contrário, a cada ano que passava mais protestos e atos públicos eram organizados para denunciar as péssimas condições de salário e trabalho nas unidades militares. Criado para lutar especificamente em defesa dos interesses dos servidores civis nas Forças Armadas, o sindicato e seus filiados estavam cientes da sua responsabilidade social e por isso marcaram presença em diversas manifestações sociais que exigiam melhores condições de vida para todo o povo brasileiro, tais como, contra as privatizações, o arrocho salarial dos servidores, os cortes econômicos.

Nos últimos oito anos, o sindicato tem sua trajetória marcada pela realização de caravanas e acampamentos em Brasília que garantiram aos servidores de todo o Ministério da Defesa a reestruturação das tabelas remuneratórias, com a valorização dos seus proventos básicos; a conquista de gratificações por qualificações; reajustes anuais e a participação efetiva em todo o processo de negociação salarial das mesas setoriais do governo.

A luta pela valorização dos servidores do PGPE ainda é uma bandeira prioritária do sindicato. É uma batalha iniciada pela atual diretoria em 2006 e que não terá fim até que o governo implemente as reivindicações do PGPE por condições dignas de trabalho e salário justos para todos.

Como diz Eduardo Galeano, “somos o que fazemos para transformar o que somos”. Por isso, vamos continuar lutando, fazendo o que for preciso para sermos atendidos!